É assim que descrevemos nossas preocupações: “Não sabem o que estou passando, não tenho
como encontrar uma saída para meus problemas”. Um homem disse a um mestre certa
vez: “É como se houvesse dentro de mim uma estante de livros abarrotada e ao
tentar organizar os livros, acabei derrubando a estante!”.
Quem pode dizer que nada o atormenta que não tem problemas
difíceis e sem solução. A diferença de uma pessoa para outra é a intensidade
desses problemas, mas cada um o descreve como gigantesco. Eu também tenho uma
estante dentro de mim com livros que não li, mal organizados, sem capas,
esquecidos, surrados e rasgados de tanto serem lidos, mas não compreendidos,
pois sempre existe o livro da vez, aquele com o problema sem solução. Ás vezes
o melhor que temos a fazer é ler uma nova versão desse mesmo livro para poder
compreendê-lo ou resolve-lo. Se todos
conseguissem entender, compreender e resolver de forma satisfatória e rápida
seus problemas certamente não estaria vivendo, pois ninguém quer hoje, amanhã
ou depois estaria livre das preocupações causadas pela vida. Para dirigir
nossas vidas temos antes de aceitar que como ser humano temos: o direito de
errar, acertar e transformar o que nos é imposto levando sempre em conta que não vivemos sozinhos e
que nem tudo depende apenas de nós mesmos, afinal é a vida.
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