terça-feira, 3 de abril de 2012

Gripe Equina: "Mangalarga Marchador em Alerta"

Animais em São Paulo vem apresentando sintomas semelhantes a  gripe equina, que teve início em Porto Alegre e infelizmente segundo a Coordenadoria da Defesa Agropecuária se alastrou para o Estado. O surto ameaça eventos importantes do Jockey Clube de São Paulo, oferecendo perigo a todos os eventos com equinos e muares já que o vírus não faz predileção racial ou sexual, acomete animais de 1-3 anos, mas pode acometer animais de qualquer idade.
Diante do quadro os proprietários devem ficar atentos ao menor sinal da doença, para evitar surtos em suas propriedades. Maiores informações com seus Médicos Veterinários.
A influenza (gripe) é uma doença causada por um vírus e é transmitida por contato entre os animais doentes e sadios, por essa razão é extremamente contagiosa.
Sinais Clínicos: Doença de início subito com curto período de incubação de 1-3 dias. Os equinos permanecem infectantes por 3-6 dias após os últimos sinais da doença. A disseminação é muito rápida, com a morbidade chegando a 100% na população sem defesa imunológica. A taxa de mortalidade em geral, é baixa nos casos sem complicações, com exceção de potros. Os potros que não têm o anticorpo materno exibem sinais clínicos muito graves de pneumonia viral, que pode matá-los.
Sintomas são tosse, corrimento nasal, depressão, letargia inapetência, rigidez e tumefação em membro inferior (inchaço).
Tratamento: isolamento imediato dos outros animais acometidos para diminuir o nível do vírus no ambiente.  O tratamento ambulatorial é adequado. Os animais devem ficar em repouso completo, pois o repouso diminui a gravidade dos sinais clínicos, minimiza a disseminação viral e encurta o período de recuperação. Recomenda-se uma semana de repouso para cada dia de febre, com retorno gradual ao trabalho. Equinos com infecções graves pode não ter condições de participar de competições por 50-100 dias após a infecção.

Fonte:Brown, Chistopher. M. ;Bertone, Joseph. J.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alma de Garanhão: brincadeira de cachorro

No haras não havia o que fazer apenas pastar e pastar, até que apareceu o Bob com a idéia de brincar de pega –pega, o Pingo não se animou muito achou meio sem propósito, mas como nos arredores não se via nenhum cavalo há não ser um garanhãozinho que as vezes passava  por lá, então não vi nenhum problema, distração é distração, topei e tratei de convencer o Pingo a participar.
O Bob explicou a brincadeira: - Pega-se o graveto e corre e o outro vai atrás e quando alcançar pega o graveto e corre e assim vai.  Foi o que ele disse, novamente o Pingo reclamou  -Como vamos pegar um graveto Quatrilho, só  vocês mesmo. Eu com toda a paciência que não tenho, expliquei que íamos fazer algumas modificações, aperfeiçoar a brincadeira, e depois de tanto explicar o convenci.
Sempre que estava entediado, sem ter o que fazer, eu pegava o galho, bom o graveto teve que virar galho, porque não ia pegar bem eu correndo com um gravetinho,  chamava o Pingo para brincar e se ele recusasse, metia o galho nele, e por alguma razão ele concordava, eu corria com o galho ele me perseguia, ele corria eu perseguia... e assim ia, horas e o tempo passava.
Numa manhã, nossos donos estavam próximos aos cochos com o tratador, e enquanto nós comíamos escutei ele contando sobre nossa brincadeira, os donos riram e ele continuou dizendo que a idéia era minha, não sei por que um deles disse:  - Só vendo. Mais tarde, conversando com o Pingo sobre o assunto, ele veio com uma conversa que isso era brincadeira de cachorro, que cavalos não brincavam disso e que deveríamos nos ater a pastar e correr como todo cavalo normal. Como sempre discordei,era só o que me faltava obedecer aos desejos do Pingo.
Alguns dias depois, o Pingo sofreu um acidente e ficou lá com dor no pé, não se assustem não teve nada a ver com o pega-pega, ele se feriu feio em uma estaca de árvore que fora mal cortada, mas, é uma história longa conto em outra ocasião. O problema é que o Pingo ficou sem poder correr e andar. Passava o dia na baia e brincar de pega-pega estava fora de questão, e o pior, ainda estava sendo muito paparicado por todos. Imaginem como eu me encontrava,  pastava sozinho não tinha animo pra nada, era um tédio, nessa ocasião já não havia nem a companhia do Bob,  e o Pingo nada de ficar bom, passaram-se dias até que ele pudesse sair da baia. Cansado, de esperar resolvi me fazer de doente também,  e durante um de seus curativos era como diziam, resolvi ficar lá de pé levantado. Meus donos então passaram a tratar minha perna também assim pude esperar que o Pingo ficasse bom.
E quando ele pode ir ao campo, fiquei tão feliz que  peguei o primeiro galho que era mais um tronco, e chamei o Pingo para brincar e como sempre ele não ficou nem um pouco interessado na brincadeira. Disse que estava com dor, fora de forma, que ainda não estava totalmente bom. Só por um furinho no pé, então fui firme:  só um pouquinho Pingo eu começo, vai por favor eu  vou devagar, não custa, e ele como sempre topou. Eu adoro esse cavalo, e foi nesse dia que meus donos nos viram brincando de pega-pega com galho.